Confira as últimas novidades da moeda digital brasileira, e como ela poderá impactar a sua vida e da sua empresa!

Criado em 10/08/23
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Previsto para estar disponível a partir de 2024, o Real Digital acaba de dar mais um importante passo para se tornar uma realidade na vida dos brasileiros. Abaixo separamos alguns fatos importantes para que você e a sua empresa estejam prontos para a chegada dessa nova tecnologia. Confira!

O DREX

Sua denominação surgiu da junção de diversas palavras, com o “D” e “R” fazendo alusão ao Real Digital, o “E” de eletrônico e o “X” passando a ideia de modernidade e de conexão.

Sendo uma moeda virtual que se enquadra na categoria de CBDC (Central Bank Digital Currency), o DREX é literalmente a versão digital do real e por conta disso segue as regras do SFN (Sistema Financeiro Nacional).

Seu lançamento está previsto para o final de 2024, tendo antes de passar pelos validadores (participantes do piloto) e outros testes, que segundo o Banco Central deverão ocorrer até meados de setembro 2023. 

Nessa primeira fase é esperado ver a interação entre a CBDC e o real “tokenizado” voltado para o varejo, já os testes com tokens de títulos públicos estão previstos para iniciarem em fevereiro de 2024.

“A plataforma do Drex deve automatizar uma série de processos, reduzir intermediações e, por isso, reduzir também custos” –  Fabio Araujo, coordenador da iniciativa do Real Digital no BC.

7 fatos que precisa saber sobre o DREX

#1 – O DREX terá paridade fixa com a moeda (sempre de um para um, ou seja, cada R$ 1 se equivale a 1 Drex) e poderá ser usada em serviços financeiro;

#2 – Por ter uma “produção” centralizada pelo Banco Central brasileiro e ter paridade fixa com uma moeda física, o DREX não é considerado uma criptomoeda como o Bitcoin ou o Ethereum.

Para saber mais sobre as diferenças entre CBDC e Criptomoedas, clique aqui!

#3 – Segundo Fabio Araújo, o Drex terá custos para ser utilizado em serviços financeiros, mas ele garante que esses custos serão menores do que os existentes hoje em dia.

“O Drex [antes Real Digital] sempre está associado a um serviço financeiro. Então, essa prestação de serviço tem lá seu custo de operacionalização e o lucro de quem oferece esse serviço. É natural que os custos da plataforma sejam parte desse serviço”– Fabio Araujo coordenador da iniciativa do Real Digital no BC, em live 07/08/2023.

#4 – O DREX será distribuído pelo Banco Central e poderá até ser trocado por dinheiro físico (em notas) e vice-versa.

#5 – O DREX está sendo apresentado como um primo do PIX.
Enquanto o PIX é utilizado para transações mais comerciais, o DREX irá ser utilizado para investimentos, pagamento de contas, compra de imóveis e/ou veículos e até pagamento de salários, tudo isso com a mesma facilidade e segurança do PIX.

#6 – E falando em segurança, o Real Digital chega com a segurança super reforçada, segundo o BC além de utilizar da tecnologia blockchain o DREX irá possuir garantia de segurança jurídica, cibernética e de privacidade nas operações;

#7 – O DREX estará acessível por carteiras virtuais e/ou outras plataformas online de bancos, fintechs e instituições de pagamento.

“Um dos primeiros governos do mundo a implementar isso de uma forma tão estruturada, então o Banco Central está saindo a frente novamente […] colocando o Brasil na vanguarda de novo, da área de inovação financeira, a gente já é um dos melhores países do mundo, falando de sistema financeiro né? E agora com essas inovações que o BC está propondo a gente se torna linha de frente, exportando tecnologia, então é de se orgulhar.”  – Thiago Souza co-Founder do Banco Útil e da Dootax.

Confira a live de divulgação do DREX abaixo:

Moedas digitais no mundo

O número de países que estão investindo em suas próprias moedas digitais passou de 30 para 130 nos últimos três anos, segundo o Atlantic Council, ou seja, o CBDC é um movimento global, é mais um passo para a digitalização da economia.

Quer saber mais sobre as CBDCs? Clique aqui!

Vale a pena ressaltar também que os países que estão discutindo a emissão das moedas digitais são responsáveis por 98% do PIB global. Onde 42 estão em fase de pesquisa, 32 em fase de desenvolvimento, 21 lançaram pilotos e 11 já possuem versões finalizadas.

Confira abaixo a Nota de Divulgação do Banco Central sobre o DREX

“O Drex está chegando para facilitar a vida dos brasileiros. De cara nova e nome próprio, nosso projeto de moeda digital de banco central (em inglês, Central Bank Digital Currency – CBDC), criado e operado pelo Banco Central do Brasil (BC), agora se chama Drex. A solução, anteriormente referida por Real Digital, propiciará um ambiente seguro e regulado para a geração de novos negócios e o acesso mais democrático aos benefícios da digitalização da economia a cidadãos e empreendedores.

Na marca, desenvolvida pelo BC, a combinação de letras forma uma palavra com sonoridade forte e moderna: “d” e “r” fazem alusão ao Real Digital; o “e” vem de eletrônico e o “x” passa a ideia de modernidade e de conexão, do uso de tecnologia de registro distribuído (Distributed Ledger Tecnology – DLT), tecnologia adotada para o Drex, dando continuidade à família de soluções do BC iniciada com o Pix.

O conceito visual do Drex, que se encaixa no contexto da agenda de modernização tocada pelo Banco Central, a Agenda BC#, tem como premissa a utilização de tipografia e elementos gráficos que remetem ao universo digital.

Fazendo alusão a uma transação, as duas setas que se incluem no “d” têm relação com a evolução do Real para o ambiente digital, reforçando o atributo da agilidade, e o uso das cores, numa transição de azul para verde claro, passa a mensagem de “transação concluída”. Banco Central em nota.

Esse artigo foi redigido com base nas informações que temos até a data de 10 de agosto de 2023. Como o DREX ainda está em desenvolvimento, alterações podem vir a surgir. 

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